domingo, 27 de maio de 2012

O chamado

O chamado
 Mateus 9: 35 a 38 e  10: 1 a 4
http://www.baixa.la/arquivo/5273746


 

Jesus andava pelas cidades ensinando nas sinagogas, anunciava a boa notícia do Reino que é a salvação, curava enfermidades e doenças graves. Um certo dia, ele viu uma multidão. Várias pessoas aflitas e abandonadas, como ovelhas sem pastor e teve pena. Prestem atenção nesse sentimento que Jesus teve: pena, por isso quis dar pastor para cuidar delas.
Então, para resolver o problema dessas pessoas ele funda a primeira igreja cristã e já nota uma necessidade dela ao dizer: a colheita é grande, mas há poucos trabalhadores. Peçam ao dono da plantação que mande mais trabalhadores para fazer a colheita.
Em seguida, ele chamou seus 12 discípulos e começou a dar instruções a eles. Chamar aqui é sinônimo de escolher. Nesse momento que Jesus cria uma igreja ele também escolhe entre tantos que o acompanhavam, tantos que o viam, tantos que poderiam ser ricos ou pobres, tantos que poderiam ser estudados ou iletrados, educados ou grosseiros 12 homens que seriam os responsáveis por ela. Jesus enxergou naqueles homens o necessário para serem líderes da sua igreja.
Porém, por que ele os escolheu? Por que tinham dons necessários para a liderança? Por que tinham autoridade para expulsar espíritos maus? Tinham autoridade divina para curar enfermidades e doenças graves? Não! Eles não tinham esses dons. Foi depois do chamado que Jesus lhes concedeu esse poder, Jesus treinou os líderes da sua igreja para que eles desenvolvessem as capacidades e talentos necessários. Ele os recrutou para um curso de capacitação que durou até o momento de sua morte.







DESENVOLVIMENTO
 
Vamos analisar o comportamento desses discípulos? Faça o seguinte: perceba qual deles tinha a personalidade mais parecida com a sua.








1. SIMÃO PEDRO - Era pescador de profissão, sem muita cultura; Tinha pouco estudo, impulsivo, amoroso, tímido, explosivo e entendia com dificuldade os ensinamentos; precipitado, teimoso.
 

2. ANDRÉ - Era sócio de seu irmão Pedro na indústria da pesca, então também não tinha muita cultura, provavelmente simples; Foi um homem zeloso, sincero e dedicado em sua tarefa de apóstolo;

3. TIAGO - trabalhava com a pesca; Tinha personalidade forte e ambiciosa

4. JOÃO - trabalhava com seu irmão Pedro na pesca; A princípio era de espírito exaltado e indisciplinado;
 

5. FILIPE - provavelmente exercia a profissão de pescador; Possuía uma personalidade tímida e inicialmente um pouco incrédulo;

6. BARTOLOMEU - sua profissão é desconhecida; Foi uma pessoa em quem não se via dolo, fraude, era honesto (Jo 1:47);
 

7. TOMÉ - era pescador por profissão; Foi uma pessoa determinada, mas no momento propício não creu na ressurreição de Jesus;

8. MATEUS - Era de Cafarnaum, onde trabalhava como cobrador de impostos (publicano). Podemos observar sua humildade quando seu nome aparece na lista dos Apóstolos após Tomé (Mt 10:3). O fato de ter abandonado a sua profissão que apesar de ser mui desprezada, também, demonstrava sua humildade.
 

9. TIAGO - sua profissão é desconhecida; Era o mais jovens dos apóstolos;

10. JUDAS - a sua profissão também é desconhecida; Era bastante temeroso e um pouco incrédulo;

11. SIMÃO, o Zelote - a sua profissão está também entre as desconhecidas; Era uma pessoa zelosa e cuidadosa em sua vida e ministério;

12. JUDAS ISCARIOTES - Sua profissão é desconhecida, mas é provável que tivesse uma formação administrativa, que fez com que exercesse o cargo de tesoureiro do grupo; Era egoísta, ambicioso e possuía um espírito egocêntrico;

Obsevaram como os escolhidos de Deus para liderar e espalhar igrejas sobre a face da terra eram homens comuns e falhos como nós? Em muitos momentos eles entendiam menos o que Jesus ensinava que as outras pessoas, contudo, todos nós conhecemos o resto da história: as igrejas foram sendo implantadas e edificadas com o trabalho desses homens tão comuns que receberam o Espírito Santo em suas vidas e tiveram suas deficiências aperfeiçoadas em Cristo e, por isso, hoje nós temos nossas igrejas. É interessante também, que Jesus diz a eles no verso 38 do cap. 9 para que eles pedissem ao dono da plantação que enviasse ajuda para a colheita. Prestem atenção como muitas vezes nos pedimos isso a Deus: pessoas para trabalharem na nossa igreja, mas antes de ele enviar mais trabalhadores, eles nos chamou para sermos os primeiros, os que vão fazer a obra nesse exato momento.


Há uma frase muito bonita que já virou clichê no meio evangélico, fico constrangida de usá-la, mas acho que será fundamental para o que quero dizer: “Deus não chama os capacitados, Ele capacita os chamados.” Não precisamos ficar com medo de não darmos conta da obra que Ele nos convida para fazer, porque a obra é dEle, Ele é que vai fazer o impossível para que ela aconteça, nós ficamos com a parte da tarefa que é possível e, com certeza, a medida que formos aprendendo e crescendo espiritualmente tudo vai ficando mais fácil, no entanto, o primeiro passo é nos dispormos para fazê-la com todas as nossas forças.
Os discípulos viram maravilhas acontecendo, milagres, 3000 mil pessoas se convertendo num só dia, nós, porém teremos dias que nos prepararemos, jejuaremos, estudaremos para pregar para uma pessoa só. Mateus 10.8 diz que recebemos sem pagar a salvação e por isso devemos dar sem cobrar. Muitas vezes para realizar a obra, nós vamos dar nosso tempo, nosso dinheiro, porém o que são essas coisas perto do que Ele nos dá todos os dias?
E não se assustem se a igreja não crescer tão rápido, é normal! Lembre-se que o nosso caminho é estreito.
Agora vejamos o que aqueles homens simples, que tanto nos identificamos foram capazes com a força do Espírito Santo:
1.     SIMÃO PEDRO – (Nasceu em Betsaida, mas residia em Cafarnaum, na Galiléia); o “ignorante” Foi o primeiro líder da igreja cristã. Escreveu as epístolas que levam seu nome;
Foi digno de Morrer em Roma, crucificado de cabeça para baixo pela obra que fez;

2. ANDRÉ – (Betsaida) o que não teve oportunidade de ser culto:Um dos primeiros discípulos e também o primeiro missionário no estrangeiro;
 foi fiel até a morte: Morreu martirizado na Acássia, onde pregou. Foi crucificado em uma cruz em forma de “X’’.
 


3. TIAGO – (Betsaida). O de personalidade forte, difícil: Foi um dos mais íntimos discípulos de Jesus. Pregou na Judéia; Tornou-se o primeiro mártir entre os apóstolos, morreu por Cristo através espada de Herodes Agripa I.

4. JOÃO – (Betsaida ); o indisciplinado, exaltado: Fez parte, também do rol dos discípulos mais chegados ao Mestre. Trabalhou pregando em Jerusalém. Escreveu o evangelho e as epístolas que levam seu nome, e também o Apocalipse. Terminou seu ministério em Éfeso e Ásia Menor;
 Morreu de morte natural, provavelmente com 100 anos de idade, o único que não foi martirizado.

5. FILIPE – ( Betsaida); Aquele que era tímido, Teve um brilhante ministério na Ásia Menor, trabalhou também na Frigia;
Foi sepultado em Hierápolis, desconhece-se, porém, o motivo de sua morte, provavelmente foi um mártir.

6. BARTOLOMEU – ( Galiléia); Acredita-se que tenha trabalhado na Índia e na Grande Armênia;De acordo com o martirológio romano, ele foi esfolado vivo pelos Bárbaros e recebeu o golpe de misericórdia através da decapitação.

7. TOMÉ – ( Galiléia); aquele que não creu na ressurreição de Jesus: Trabalhou pregando o evangelho na Síria, na Pártia, na Pérsia e na Índia; Sobre sua morte há duas versões, uma diz que foi traspassado por uma flecha enquanto orava, e a outra, é de que foi torturado próximo a Madras.

8. MATEUS – ( Cafarnaum), o desprezível cobrador de impostos: Recebeu poderes apostólicos de milagres e sinais. Esteve no cenáculo em Jerusalém (At 1:13 e 14) após a ascensão de Jesus ao céu. Escreveu o evangelho que leva o seu nome. Ao que se presume trabalhou em prol do evangelho na Judéia, no Egito, na Etiópia e na Pártia. A igreja ocidental o alista entre os mártires.

9. TIAGO, de Alfeu – ( Galiléia); o mais jovens: Escreveu a epístolas que leva o seu nome, pregou na Palestina e no Egito;
Há duas versões sobre sua morte, uma é que os judeus o expulsaram do templo e o apedrejaram, morrendo por fim através de um golpe de paulada; a segunda hipótese é de que foi crucificado no Egito.

10. JUDAS, o Tadeu – ( Galiléia); o medroso e incrédulo: Escreveu a epístola que leva o seu nome, pregou em Edessa na Síria, na Arábia e na Mesopotâmia;
Morreu martirizado na Pérsia.

11. SIMÃO, o Zelote – ( Galiléia); Pregou o evangelho na Pérsia; Morreu crucificado.

12. JUDAS ISCARIOTES – ( Judéia); profissão é desconhecida, mas  provável tivesse uma formação administrativa, que fez com que exercesse o cargo de tesoureiro do grupo; Era egoísta, ambicioso e possuía um espírito egocêntrico;
Parece ironia, mas o melhor preparado do grupo foi o único que traiu Jesus.
Suicidou-se após ter traído Jesus.

Interessante também que cinco deles eram de um lugar chamado Betsaida, cinco da Galileia, Jesus não estava interessado em trazer trabalhadores de longe, nem com conhecimento amplo de mundo, ele preferiu pessoas do contexto daquela região, conterrâneos, conhecidos entre si, alguns até da mesma família, pessoas que estavam ligadas a história de vida daquelas que receberiam o evangelho e que atuariam em um único objetivo, coesos, unidos.
Para nos motivar esse texto grita: Se Jesus pode fazer tudo com esses homens, será que ele não pode fazer conosco também?

CONCLUSÃO
Certo dia, Jesus viu na nossa cidade uma multidão de pessoas aflitas e abandonadas, como ovelhas sem pastor e teve pena. Para ajudar essas pessoas ele criou sua igreja e chamou você para trabalhar nela.
Entre tantos que o acompanhavam, tantos que o viam, tantos que poderiam ser ricos ou pobres, tantos que poderiam ser estudados ou iletrados, educados ou grosseiros, Jesus escolheu você. Jesus enxergou em cada um o necessário para serem líderes da sua igreja. Talvez você esteja se sentindo despreparado, contudo ao mesmo tempo que ele o chama, ele também o matricula num curso de capacitação que só vai terminar no dia da nossa morte.
Muitos estão no início do curso, então mais empenho será necessário para adquirir o conhecimento básico. Como em todo curso é preciso estudar, frequentar às aulas na igreja, orar, jejuar, e outras atividades que nos capacitam para trabalhos surpreendentes. Aceite o seu chamado!
Cada um de nós temos um convite gritando na nossa caixa de correio: venham fazer a colheita! Essa colheita você faz abrindo a igreja, cuidando da arrumação do templo, pregando a Palavra para aquela pessoa que você conhece, sustentando sua cidade com orações...
Segundo Mateus 9.38, somos chamados para sermos trabalhadores e como o próprio nome diz, isso dá trabalho. Ignorar o chamado é pecado!







Bibliografia







 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Páscoa: Falar com Deus

Faça o seguinte exercício ao ler o texto: onde tiver escrito: Fabiana substitua pelo seu nome.


Falar com Deus é algo incompreensível para aqueles que nunca tiveram esse privilégio. Para o cristão é algo muito normal, há até aqueles que exageram ao expor suas conversas com o Senhor e gostam de enfatizar o sobrenatural. Porém, comigo isso acontece tão singelamente que, às vezes, a minha pequena fé põe em cheque a autenticidade das palavras que ouço.

Na realidade, não as ouço com os ouvidos. Meus altos papos com o Papai, na maioria das vezes, vêm quando estou bem quietinha, isso acontece com mais freqüência bem tarde da noite. Suas palavras me vêm à mente ou coração, digo mente e coração, porque há vezes em que o que Ele me diz é muito racional. Ele me convence cientificamente de certas coisas (vou trocar a palavra cientificamente por filosoficamente, para ficar mais fácil de entender), outras Ele enche meu coração de emoção e energia. Contudo, o fato é que sempre, Ele me diz as coisas de um jeito tão gostoso, parece telepatia, pois não sei explicar pontualmente como acontece, todavia parece que Ele me dita as coisas que quer que eu entenda. Dita por que me sinto na obrigação de escrevê-las para nunca mais esquecer.


 Ele vai, então, ditando as palavras e, à medida que minhas dúvidas vão surgindo, antes que eu perca muito tempo com elas, Ele vai esclarecendo-as, uma a uma aqui dentro.


A Faniquita ficou me esperando!

Hoje, são mais de duas da manhã, Ele está me falando algo muito bonito, sobre um assunto que me tem feito sofrer nos últimos dias, especificamente nestes 40 dias de “quaresma” (só agora me dei conta disso). O que tem tirado minha paz é o desânimo. Desânimo generalizado!

Antes de deitar-me li Isaías 40:

26Levantai ao alto os vossos olhos, e vede: quem criou estas coisas? Foi aquele que faz sair o exército delas segundo o seu número; ele as chama a todas pelos seus nomes; por ser ele grande em força, e forte em poder, nenhuma faltará.
27Por que dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está escondido ao Senhor, e o meu juízo passa despercebido ao meu Deus?
28Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento.
29Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor.
30Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão
31mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão.

E Salmo 34:

17 Clamam os justos, e o SENHOR os escuta e os livra de todas as suas tribulações.
18 Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido.
19 Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra.
20 Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado.
21 O infortúnio matará o ímpio, e os que odeiam o justo serão condenados.
22 O SENHOR resgata a alma dos seus servos, e dos que nele confiam nenhum será condenado.
Isso se ajuntou com palavras sábias que ouvi de pessoas especiais durante as últimas 48 horas :
 

“Deus não desistiu de nós!”

e
 “Páscoa é renascimento, é recomeço. É uma nova chance para melhorarmos as coisas que não gostamos em nós, para sermos mais felizes ainda por conhecermos a nós mesmos mais um pouquinho”.


Assim, Deus me mandou olhar para o céu, observar o exército de estrelas que Ele pendurou lá. (Engraçado, Ele já falou isso para Abraão, uma vez, para encorajá-lo!) Dessa vez o Pai queria me dizer o seguinte: Ele não trata aquele número incompreensível, para a mente humana, de estrelas como constelação tal, ou Via Láctea x, ou mesmo um mero grupo de astros. Ele se refere à cada estrelinha com um nome diferente. Cada estrela deste céu infinito recebeu um nome próprio e, isso não é por que Deus é poderoso, ou por que é dono de todo saber, ou gosta de dar nome às coisas, Ele trata cada uma particularmente porque é simplesmente o criador e dono delas. Todavia, observe: elas nem foram feitas à sua imagem e semelhança!!!


Será que você entende agora, Fabiana, o porquê de até os fios de seus cabelos estarem contados? Se até as inumeráveis estrelas são tratadas com tanta atenção, imagina você?! Você não é só a minha imagem e semelhança, eu invisto tempo em você, escrevi sua biografia no livro da vida e enviei meu filho mais velho para morrer no seu lugar, não fiz isso por nenhuma das minhas queridas estrelas, fiz por você!

A vontade de se livrar do desânimo minam sua perseverança, mas para renovar suas forças eu lhe peço PACIÊNCIA:

"O seu Deus está chegando!" Isaías 40: 9b

os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; Isaías 40:31a


A palavra esperar parece avessa à ideia de sermos pacientes, na verdade ela desafia nossa paciência. Veja esta definição do dicionário Michaelis:


es.pe.ra

s. f. 1. Ato de esperar. 2. Esperança. 3. Demora, dilatação. 4. Adiamento.


Entretanto, no versículo, o termo esperar assume mais um significado, um significado que nos exclui de qualquer ação, pois significa confiar que o outro fará o trabalho por nós. Exemplificando: no momento estou à espera da lista de classificação do concurso que fiz para Inspeção Escolar. Todos os dias, pelo menos uma vez, acesso o site da fundação responsável pelo concurso, para ver se já está disponível, a minha classificação, mas a única coisa que posso fazer é isso, verificar todos os dias, não posso decidir nem a data nem a hora que acontecerá, mas acontecerá. Quando estamos à espera de um ônibus na rodoviária, podemos escolher ficar ansiosos, andando de um lado para o outro, o que vai fazer com que a sensação de demora aumente, ou posso ouvir música, ler um livro ou conversar com alguém e, pode até ser que ache que não demorou tanto assim, mas só podemos fazer isso. Nada que fizermos mudará a hora do ônibus chegar ou o momento certo das coisas acontecerem, porque Deus usa o tempo como metodologia de suas aulas. Uma coisa é certa: Salmos 34:22 O SENHOR resgata a alma dos seus servos, e dos que nele confiam nenhum será condenado.

O resgate acontecerá, quando o tempo necessário para eu aprender algo tiver terminado, mas agora é hora de PACIÊNCIA!


Mais uma vez Lázaro vem a minha mente, quatro dias ele teve de esperar dentro de um túmulo, morto o que ele podia fazer? Esperar! Meu ânimo pode estar morto, mas para a morte o Senhor apresenta uma solução chamada ressurreição. Inclusive, PÁSCOA é isso mesmo, ressurreição! Então espero seu milagre Senhor! Ressuscita-me!


quinta-feira, 15 de março de 2012

Santa Casa

Hoje fiquei intrigada boa parte do dia pensando: por que será que as pessoas comuns que nem são cristãs conseguem fazer tantas coisas melhor que nós que buscamos  nos esmeramos tanto  na perfeição?
Queremos ser atenciosos, amorosos, dedicados, bons líderes, professores, orientadores, amigos, verdadeiros... mas muitas vezes nos frustamos com nós mesmos e com nossos irmãos. Por quê?

Acho que uma das respostas está aqui: somos doentes! E que bom que reconhecemos isso e procuramos tratamento! Essa talvez seja nossa única vantagem sobre os demais...

Santa Casa

 

Carreata do dia da Bíblia,  em frente ao hospital de Alterosa(20/12/2006)


Santa Casa de Misericórdia de Alterosa
Certa vez, uma cidade foi acometida por uma doença muito grave, era uma epidemia a que deram o nome de pecado e seus sintomas eram muitos. O hospital daquela localidade ficou lotado e para poder atender a todos os doentes, em caráter de emergência, formou uma equipe médica às pressas não só com profissionais de saúde, mas com leigos também, para que o maior número de pessoas pudesse receber atendimento. O nome desse hospital era Santa Casa. Muitos doentes dirigiram-se até lá e foram tratados com todos os recursos disponíveis. O pronto socorro ficou responsável por receber os casos mais urgentes e estava sempre lotado, algumas vezes, filas enormes eram formadas e tornava-se muito difícil diagnosticar todos os casos e encaminhá-los para os outros departamentos.

Um desses outros departamentos era o de tratamento com Orações, para onde um bom grupo fora direcionado. Ali todos os dias, os profissionais de saúde e vários pacientes uniam-se para as atividades em grupo ou mesmo individuais. Muitas vezes a cura era imediata, mas em muitas outras situações havia um tempo para que se obtivesse efeito, o que exigia muita paciência.

Lema da IPI de alterosa para 2012
Outros doentes eram encaminhados para setor de Aconselhamento e ali participavam das terapias nas quais falavam, expondo seus sintomas e ouviam indicações e instruções para tratamento. Era um tratamento lento e desgastante, porém com alto índice de cura.

Outros foram levados para as Reuniões de Estudo Bíblico e lá entravam em contato com os mais profundos estudos da Medicina, disponíveis. Alguns desses pacientes evoluíam tanto no tratamento que passavam a ser enfermeiros autodidatas e passavam a atender a outros pacientes em estados mais graves.

Havia também a Musicoterapia, na qual alegres louvores estimulavam e animavam os corações das pessoas e estimulavam-nas a combater a doença e seus sintomas. Tinha efeito mais rápido nos mais jovens, mas todos se beneficiavam com esse tratamento, já que tinha efeitos surpreendentes, pois unia dois remédios muito eficazes para a mente humana: a arte e a adoração.

Todavia, nem tudo funcionava bem, os profissionais responsáveis pelo trabalho em cada setor do hospital também estavam contaminados pela terrível moléstia. Este problema comprometia seu desempenho, mas cada um tinha de conseguir forças para lidar com seus sintomas e ainda socorrer os outros doentes. Isso exigia muito domínio próprio, paciência, persistência e dedicação, uma vez que quando um membro da equipe tinha uma recaída, os demais pacientes ficavam desacreditados no tratamento.

Assim, durante várias eras a Santa Casa atendeu e socorreu doentes. Chegou até a ousar, atendendo fora de suas paredes. Isso, porque todos ali internados, inclusive os enfermeiros eram tratados pessoalmente pelo Médico dos médicos, o único no país que era imune à doença. Ele era um médico atencioso e amoroso, não fazia acepção de pessoa, não olhava para o exterior, mas para dentro de cada um. Então, muitos encontravam forças para continuar lutando contra a doença em busca da vida, uma vida eterna. Pois, nEle encontraram socorro bem presente na hora da angústia.

Entretanto, numa cidade próxima o seu hospital começou a ter problemas. Havia dias que o número de internados era muito alto e os técnicos de saúde eram poucos, não dava tempo de atender a todos, então alguns acabavam se curando sozinhos, ou recorrendo a tratamentos alternativos, muito longe do hospital. Já outros, permaneciam doentes até a morte.

Em outras situações, acontecia de o remédio ser dado parcialmente, então os doentes tinham apenas os sintomas melhorados, nunca eram curados totalmente. Havia também alguns enfermeiros que faziam seu trabalho com displicência, deixando os pacientes sem a atenção devida e crença no tratamento. Sem falar nos enfermeiros que estavam em estado mais grave que os próprios pacientes...

Alvo dos jovens da IPI de Alterosa
Outro agravante que contribuía para a expansão da epidemia, era a recusa dos pacientes em receber tratamento ou, por estes, seguirem apenas o diagnóstico parcialmente. Tal comportamento fortalecia o vírus. Havia ainda épocas em que o hospital dedicava-se muito a um tipo de terapia e deixava outras a desejar, então aqueles pacientes que respondiam melhor àqueles tratamentos acabavam ficando esquecidos em seus leitos.

Acontecia, também, de certos doentes interferirem no tratamento do outro com palavras e práticas inadequadas, que induziam os pacientes a um pseudo-tratamento ou até mesmo a abandonar o hospital.
 
Sem falar dos enfermeiros sobrecarregados de trabalho ao ponto de não terem tempo de cuidarem de si próprios, esse problema aliado à alta exposição à doença dos outros  baixava seus anticorpos e tornava-lhes propensos a cair enfermos.

Mas, o mais surpreendente nessas duas realidades era que em ambos hospitais, o Diretor e Médico responsável era o mesmo, trabalhava da mesma forma e com as mesmas técnicas , dando igual atenção, tanto a pacientes, quanto à equipe médica, entretanto cada um deles respondia de forma diversa, devido, unicamente, ao comportamento das pessoas que estavam neles.

3ª Marcha para Jesus em Alterosa
No primeiro, as pessoas confiavam, ajudavam, estimulavam, obedeciam, negavam a si mesmos pelos outros e pensavam em conjunto. No segundo, havia pessoas que buscavam seus próprios interesses e que se cediam muitos direitos. Não existiam terapias de grupo eficazes, pois cada um só pensava em si mesmo. Ao invés de convocar a presença do Médico dos médicos diariamente, eles preferiam tomar seus remédios de acordo com seu próprio conhecimento e vontade.

Desta forma, a Santa Casa ajudou muitos a vencerem a epidemia de pecado que assolou o mundo, todavia o outro hospital acabou contribuindo para a propagação da doença e morte de muitos pacientes. Essa é a realidade da nossa época, resta a questão: em qual hospital você está internado ou trabalhando?

 Fabiana de Oliveira Ribeiro